E li Os Invisíveis 2 e uma palavra define: Fanny. *lágrimas* Vem conferir o que achei…
E já postei a resenha de Os Invisíveis 1 por aqui, clique aqui pra dar o bizu.
E se existisse uma guerra que ninguém visse? E se você de repente percebesse que ela acontece ao seu redor, você se juntaria a ela, escolheria um lado e pegaria em armas? Você mataria? Ou tentaria apenas correr, se esconder e negar que fosse tudo real? Existe uma guerra silenciosa e ela é travada há milênios, moldando o mundo como o conhecemos, e Jack Frost – o mais novo membro convocado para a sociedade anarquista revolucionária conhecida como os Invisíveis – acabou de descobrir tudo que está em jogo e o que os inimigos são capazes de fazer. E ele não gostou nem um pouco disso. A iniciação a um conflito não visto, tão velho quanto o Universo e tão novo quanto às manchetes de amanhã continua nesta edição! Os Invisíveis expõem os meandros de uma inexorável Conspiração Apocalíptica! Conheça Jim Crow, mestre do vodu trip-hop, e descubra o escandaloso submundo de feiticeiros travestis brasileiros enquanto o cintilante passado de Lord Fanny é revelado! (Sinopse do Skoob)
E mais uma vez o Grant Morrison conseguiu juntar 15 mil temáticas diferentes de forma harmônica. Um harmônico pesado, como uma banda de rock nórdico que sacrifica virgens em seus shows.
E mesmo pesado pra caramba, com esse ritmo lunático eu adorei. Simplesmente adorei o segundo volume, mais do que o primeiro que senti que deu umas bandolas estranhas nas seções do passado com o Byron e cia.
Nesse segundo foca-se na fuga do Dane, ou Jack Frost, e na história da Fanny.
Antes de tudo. Meu. Que grupo estranho que ele juntou, o King Mob meio andrógino bizarrão, a Boy, uma guria negra chamada boy, a Fanny, um travesti brasileiro (descendente de mexicanos, mas ó o Brasil aí, né…), a Ragged Robin, uma vidente locona e fashion do futuro e o Dane, o guri problemático típico da juventude londrina transviada.
Ele misturou tudo que era possível de crenças, nesse mostrou muuuito da cultura mexicana, da vida tensa de um travesti que cai na prostituição e nos rituais bizarros e até onde se vai para manter uma tradição de feiticeiras. E por isso que resumi minhas sensações à Fanny *lágrimas*, onde se entende que a/o (sempre tenho dificuldades com isso) Fanny foi criado inicialmente como menina porque era necessário que uma mulher nascesse para herdar a capacidade ancestrais da família de feitiçaria. Como não se tinha uma mulher. Se faria dele uma mulher.
Ele traz referências muuuito loucas de tudo ao mesmo tempo, é um liquidificador cultural onde teria que ler umas cinco vezes cada volume para compreender todas as referências, ou não. A cada leitura se vê uma questão escondida, um jeito de pensar maluco que consegue relacionar tudo e fazer a história seguir fazendo sentido, ou não fazendo sentido quando a intenção é essa.
Tem alguma coisa nessa história, que mesmo pesada até doer, me faz querer ler mais e mais e mais. Já estou com o volume 3, mas como não sei se acaba nele ou vem mais, estou me segurando para brisar mais nas questões dele.
Mas ó. Os Invisíveis, comecei pela Jill Thompson, agora continuo pelo Grant Morrison 🙂
Os Invisíveis 2: Abocalipse
Autores: Grant Morrison e desenhado por Jill Thompson, Dennis Crammer, Chris Weston, John Ridgway, Steve Parkouse, Kim DeMulder e Paul Johnson
Editora: Vertigo/Panini Comics
Páginas: 212
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