“São fósforos, pensou. Trêmula de excitação, baixou-se, passeou as mãos sobre o chão, encontrou, este é um cheiro que não se confunde com nenhumoutro, e o ruído dos pauzinhos quando agitamos a caoxa, o deslizar da tampa, a aspereza da lixa esterior, que é onde o fósforo está, o raspar da cabeça do palito, enfim, a deflagração da pequena chama, o espaço ao redor, uma difusa esfera luminosa como um astro através da névo, meu Deus, a luz existe e eu tenho olhos para a ver, louvada seja a luz.”
Ensaio Sobre a Cegueira – José Luis Saramago
Peguei o livro na biblioteca, e acabei esquecendo de anotar o número da página (e anotar os quil0s de trechos magníficos desse livro, desculpem), mas é pro final, depois da página 300.
Eu fiquei abismada como um simples balançar de uma caixa de fósforo consegue soar tão belo.
A resenha desse magnífico livro sai na quinta!
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