E na quinta feira passada até domingo estrelamos a peça Van Gogh Café e inauguramos o Teatro Teresa D’Ávila em Lorena!
Como no post de divulgação do evento que fiz, já dei uma contadinha sobre como foi o teatro, mas agora vou contar a história toda, falar todo mundo que participou e fez acontecer e mostrar as fotos lindas desses 4 dias!
Desde o ano passado comecei na oficina de teatro do Caio de Andrade que estava tendo na Fatea (ainda está, e em breve vai abrir para novas pessoas :)) e durante o ano tentamos aprender o máximo sobre como realmente era ser um ator. O que significava interpretar alguém e conseguir passar uma mensagem. E o qual difícil e indescritível é essa possibilidade.
O tema da peça era Van Gogh. O tal pintor pirado que cortou a orelha, eu pensei na época. Sempre fui apaixonada pelas pinturas, mas não conhecia direito a pessoa. Tanto que uma das resenhas do ano passado foram desse longo processo de estudar e realmente conhecer quem era Vincent Van Gogh e todos que o cercaram, o livro era Cartas a Théo e reunia várias das cartas que Vincent escreveu para seu irmão Théo durante toda sua vida, mal sabia a incauta eu que aquele livro e conhecer tanto o tal pintor me faria achar sua obra ainda mais incrível e o considerar a pessoa de uma forma completamente diferente. Como um pintor com uma cultura absurda, que sempre estava estudando e treinando e esbanjando aquela sensibilidade na pintura, embora não conseguisse realmente demonstrá-la para os que estavam em sua volta.
Muitos momentos de estudo,muitos filmes, livros, muitas discussões em cima do texto do Caio, muitas pessoas que acabaram entrando no grupo e saindo por um motivo e outro, e apenas uma conexão que permanecia, a vontade de fazer a peça que contava a vida do tal senhor Van Gogh. O tempo foi passando, eu me tornava a Lídia, a sobrinha da Sra. Pietersen, que trazia aquela clássica opinião preconceituosa do Vincent que todos que não o conhecem podem por vez ter, da fase em que ele pretendia se tornar um pastor, o texto mudando, e os planejamentos foram sendo feitos e mais pessoas sendo adicionadas à produção. A família crescia.
No começo de novembro e dezembro começavam os preparativos para a apresentação, a tensão só aumentava, mas o teatro não havia ficado pronto, então foi adiado para fevereiro. Curtas férias e pimba. Já estávamos de volta em janeiro decidindo o figurino com a Karine Andrade e o Caio, um piscar de olhos novamente e já estávamos ensaiando massivamente, mais um piscar e já estávamos na semana de apresentação, fazendo os ensaios gerais no palco já pronto e novinho do Teatro Teresa D’Ávila. Pisca. Quinta feira dia 21 de fevereiro. Estreia e inauguração do teatro.
Com as cortinas fechadas, o burburinho por trás delas, desejando “merda” para todos esperando mostrar todo aquele tempo de preparo e vontade de fazer dar certo, aquela adrenalina de esperar o momento já correndo, não só nos atores em cena, mas em todos que cuidaram da produção, da direção, dos figurinos, do som e da luz e todos que tiveram aquela participação que às vezes ninguém nem lembra, mas tudo só deu certo por conta daquilo.
E a peça que por vezes nos ensaios parecia demorar tanto, começava a correr como água, a correria frenética e silenciosa nas coxias, os momentos de olhar a peça por entre os pesados tecidos pretos tentando imaginar como seria olhar de frente, mas não querendo trocar a sensação de fazer acontecer por nada.
E no final da peça, nem parecia que tinha sido muito tempo. No camarim aquela gritaria de ter terminado e a crença de ter dado o seu melhor. Mas isso foi somente na quinta-feira, ainda tínhamos mais 3 espetáculos, que pareceram que foram feitos para que experimentássemos todos aqueles altos e baixos pessoais de achar que por vezes a cena não foi aquela coisa, e quando questionava-se outra pessoa recebendo um feedback positivo mesmo achando tudo isso, a experiência de uma convivência tão próxima entre todos, de se ter criado essa família Van Goghiana, com tudo que uma família tem direito, as indiretas, as diversões, a cumplicidade de todos e a possibilidade de ser sincero para desabafar sobre qualquer coisa enquanto todo mundo se conhecia melhor (e a possibilidade de fazer muitas dancinhas estranhas ao sair em conjunto).
E uma alegria coletiva de ter feito parte de tudo aquilo e um aprendizado de que fazer 4 espetáculos seguidos não é mole e cuidar da voz pra não ficar rouca(o) antes de tudo acabar é menos ainda, principalmente quando está aquele calor e você escolhe não tomar um sorvete ou uma linda e suculenta coxinha.
Então, pra terminar o post quilométrico, e fugindo das partes emocionadas, meu lindo e sincero agradecimento à TODOS:
João Paulo Nogueira(o tal de Van Gogh), Mariana Carvalho (a pianista da chiqueza), Keila Abreu(a fada verde do absinto vangoghiano com a coreografia linda), Yuri Toledo(a Jô Van Gogh-Bonger que fez expressões de tristeza de doer o coração), Orlando Nascimento(contraregra, bombril, e também Bernard), André Lima (o Théo Van Gogh, que não tinha mais espaço pros quadros do Vincent), Claudio Ordine(o Theodorus, pai do Van Gogh, que tentou, tentou, mas não conseguiu convencer o filho quanto às mulheres), Bia França(Sien, a meretriz sifilítica,o último amor do moço Van Gogh), Maria Moraes(a Louise, que acho que ainda quer saber o que é uma japonesa), Fernanda Bastos(a Rachel, com pronúncia xique, que recebeu o tal pedaço de orelha), Geovana Mara(a Marguerite, que vivia nas noitadas com Vincent enquanto o Dr. Gachet seu pai nem sabia), Marisa Papa(a Sra. Pietersen, minha querida tia cenográfica de luto) , Gilberto Vançan (com os painéis incríveis e a ponta sendo o Dr. Gachet) e Iran Gonzaga (com a ponta como Gauguin), Adriana Ortiz com a iluminação, Polyana Zappa com a cenografia, Karine Andrade (figurinista e minha irmã com mais melanina) com os figurinos, simpatia e tudo o mais, Fábio Machado e o Wesley Mendes(aeee, moço), Rodolfo Magalhães(com as fotos incríveis), à Maria (Tetê) Teresa, ao Tuti Ianes(som) e Neil Yago(luz), a galera da limpeza, a moça camareira que ajeitou nossas roupas, todos que foram assistir, à Fatea que fez o teatro, e um gigante obrigada ao Caio de Andrade que permitiu que eu tivesse essa experiência maravilhosa (que espero continuar tendo, que já já estamos de volta, HAHA) que é viver o teatro!
E para encerrar e descontrair esse clima bonito, a dúvida que não quer calar… o Jovem Link obviamente compareceu.
E como bônus uma foto brisa loca com os girassóis do Van Gogh:
AHHH!!! pena não estar por ai pra ver =D
Vamos estar de volta agora em março, Chell!! Veeeenha!
Realmente uma estréia maravilhosa, Teatro e Peça, combinação perfeita. Parabéns a Caio pelo excelente trabalho , os atores e a todos que participaram para esse momento único. Feliz em poder assistir esse espetáculo que com certeza contribui muito para a cultura. Que venham mais peças.!
Que venham muitas mais peças!!!
Beijos!
Ai q lindoooo o post, Camila! Parabéns p/ vc e p/ todos os envolvidos. =D Não consegui vê-los agora mas qdo tiver em cartaz de novo, estarei lá. O Jovem Link aprontou ou se comportou? rsrs Bjs
obrigada, Gi!
Venha sim! O Jovem Link sempre tem um comportamento louvável HAHAHAHHAHA
Beijos!