E finalmente li meu primeiro Lovecraft! Em O Caso de Charles Dexter Ward pude perceber o quanto de inspiração esse autor foi pro horror, terror e meu Deus, que cagaço em uma parte.
Antes de começar o post, um comunicado de extrema alegria:
Quanta alegria de ver que tem mais gente curtindo o trabalho do Castelo de Cartas! <3 Se você não curtiu ainda, corre no facebook, pessoa!
Em breve também vai rolar uma saga de posts nova depois de tanta gente me perguntando por aí, aguardem semana que vem! 😀
Agora sim, de volta à resenha.
“A novela narra os experimentos feitos pelo alquimista do século XVII Joseph Curwen na tentativa de obter conhecimentos profanos mediante a ressurreição dos ‘saes essenciaes’ extraídos dos grandes pensadores do mundo. Curwen também deixa os próprios sais essenciais para que fossem descobertos por Charles Dexter Ward, um descendente do século XX, e assim é ressuscitado, mesmo que apenas para ser esconjurado por Marinus Bicknell Willett, o médico da família Ward. O flashback histórico — que ocupa o segundo dos cinco capítulos — é uma das passagens mais evocativas em toda a obra de Lovecraft. (S.T. Joshi)” Sinopse de O Caso de Charles Dexter Ward no Skoob
Ganhei esse livro em um amigo secreto (gracias, Vlad! Que stalkeou meu feice. HAHA) e eu (sei, vergonhoso) nunca tinha lido nada do Lovecraft, sempre via quem lia falando mastermente bem, mas não tinha me remediado e lido até hoje.
MAS. Finalmente li e olha. Agora sei de onde todos os contos/filmes/livros tiraram inspiração, de onde aqueles clichês todos que vemos em filmes vieram. Ele começou com tudo isso.
O começo é bem parado na verdade, traça essa biografia do próprio protagonista, de seu antepassado (que passado que persegue, meu chessus), de forma super interessante, mas ainda estava na vibe “cadê o terror? cadê o cagaço? cadê os sustos? cadê eu pulando trechos de tanto medo que desceu minha espinha? cadê o Cthulhu?”, tola. Depois da primeira metade do livro, onde foi construído esse panorama histórico, onde você fica sabendo de acontecimentos misteriosos, tem-se a evolução da história, pra você finalmente compreender o que aconteceu com o protagonista no início do livro.
E olha. Quando uma certa pessoa vai descer no laboratório secreto de outra certa pessoa e começa a explorar o local com uma lamparina.
Cara.
Meu.
Por isso falam tanto do Lovecraft até hoje. A descrição dele arrepia sua espinha, te faz querer pular trechos pra não ler, pra não descobrir algo pior na linha seguinte, algo mais macabro. E sinto pelo Ward.
E o mais genial, ele não conta tudo. Essa obrigação que às vezes sentimos de explicar tudo, de deixar cada mistério resolvido, cada detalhe claro, ele não tem. Ele deixa pra “é tão horrível, tão absurdo, que prefiro não escrever aqui, não perpetuar o horror”, e sua imaginação começa a tecer imagens horríveis, uma atrás da outra, coisa que não aconteceria se ele já tivesse dado a descrição como esperamos. Não faz falta.
Pelo que dá pra entender é um livro que foi publicado depois da morte dele, e estava escrito em rascunhos e cartas velhas, o que deu um trabalho master de conseguir compilar e finalmente publicar. O que fico feliz de ter acontecido. E de ter sido minha primeira (de muitas) experiências com Lovecraft.
O Caso de Charles Dexter Ward
Autores: H. P. Lovecraft
Editora: Hedra
Páginas: 162
Ooooooooi, Camis!
Olha, esse negócio de suspense, coisas macabras, medo e coisa e tal me deixou HIPER curiosa. Adoro essa adrenalina toda.
Beijo
Demaaais, você quase tem um treco na parte do laboratório, moça, é muuuita aflição. HAHAHHA
Leia e me conta 😀
Beijos