Gangsta chega ao blog com minhas opiniões iniciais! 😀 Vem conhecer os faz-tudo, o Worick e o Nicolas, aquele seinen com direito a sangue, piadolas, roteiro belezura e mais…
Sinopse: Worick e Nicolas são uma dupla disposta a dar uma mãozinha ao submundo de Ergastulum, uma cidade dominada pela máfia, repleta de crime, drogas e prostituição. Mas os dois têm seu preço, e seus segredos! “Alô? Obrigado por ligar para os faz-tudo. Em que posso ajudar?” (Sinopse da contra capa do primeiro volume de Gangsta)
E mais um mangá que deixa meu coração quentinho pela qualidade! *abraça os mangás com carinho*
A partir de agora, as resenhas de mangás vão ser assim:
1. Dou minhas impressões iniciais;
2. Se necessário alguma resenha intermediária no caso da série ser muito longa ou eu sentir que é interessante mais uma resenha (o que vai acontecer com Zetman);
3. Uma resenha com a opinião final (como vai acontecer com Orange)
Quando eu vi a cara do mangá quando a JBC divulgou o lançamento já gostei. Eu ando caminhando pros seinen como quem cresceu com os shonens e ficou cansado da mesmice (já comentei em resenhas anteriores meu desapontamento com alguns mangás que tive contato). O traço era diferente. A temática parecia interessante. Dei uma lida em scans que achei antes e fiquei completamente apaixonada.
Descobri recentemente que é uma mangaká que escreve, então é a Kohske a autora, o que me deixou ainda mais feliz. Ela escreve sob um pseudônimo e ninguém sabe quem realmente é… mas o simples fato de ser uma mulher que escreve um seinen desses já me deixou bem feliz, admito. Acabei assinando a série já que as bancas de jornal aqui de Lorena são uma tragédia, e não me arrependi até agora. 🙂
A história é pesada, mas de um jeito muito natural, nada forçado. Os personagens principais que são inicialmente apresentados são o Nic e o Worick e é com esses dois que já fico mais animada. O Nic é surdo. O que já torna a série diferente, o mais genial é que ele conversa por linguagem de sinais, e isso é solucionado graficamente no mangá com balões diferentes, e quando ele tenta falar, as letras também aparecem de forma diferente (Como designer dei vários pulinhos de “AHHHHHH, QUE LINDO ISSO” enquanto lia.).
O Worick é um gigolô. Ele se prostitui desde criança, o que já mostra essa vibe de realidade mais tensa do que parece por conta do bom humor dos protagonistas. A nova secretária deles também era uma prostituta que apanhava e sofria abusos do cafetão. É uma cidade sem lei, cruel, onde as pessoas acabam por ter de lidar com situações que existiriam em qualquer outra cidade onde a ordem não é a do governo.
Ergastulum também é um elemento à parte. A cidade é na verdade uma espécie de espaço de quarentena para os chamados Twilights (nada a ver com Crepúsculo, não se preocupem) que são super soldados criados e modificados geneticamente. O que gerou problemas éticos (Como, por exemplo, serem escravizados por não serem humanos comuns); estruturais e o que mais você conseguir pensar que daria problema (estilo True Blood e a saída do armário dos vampiros). Isso dá uma dimensão muito interessante e também mostra o que o governo estereotípico faz com o que não consegue lidar: isola em um canto e deixa as coisas rolarem.
Até esse volume 3 somos apresentados ao cotidiano da cidade, aos problemas que ainda existem, à relação da polícia com essa milícia que existe, as famílias mafiosas (nos moldes clichêzões mesmo de máfia italiana) e aos poucos ao passado dos personagens.
Eu estou completamente apaixonada pelo jeito como a história segue. As camadas de personalidade dos personagens, as diferenças, a sinceridade da realidade, os problemas verossímeis aos contextos, a inclusão dos problemas, a solução encontrada pra surdez do Nic, as edições belezíssimas, o traço cheio de personalidade. Tudo. Tudo está caminho lindamente. E eu não consegui parar de ler. HAHA O melhor: até agora não tem excessos. Não tem aquele fan service que fica gritando (não tem uma coisa que tem me irritado 1000% em Zetman que é mulheres em situação de abuso a cada 3 páginas. Mas sobre Zetman falo depois).
É uma história ainda em andamento no Japão, e está saindo bimestralmente por aqui, o que deixa aquela vibe de “ARGH, quero mais” à flor da pele. Mas me controlarei até lá.
Gangsta 1-3
Autores: Kohske
Editora: JBC
páginas: cerca de 185 por volume
(e um enorme coração, eu sei, ainda vou arrumar os desenhos. calma.)
link do meu perfil do skoob
ps.: Nic, casa comigo. Te dou casa, comida, roupa lavada e Celebre.
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