E, se essa for minha última resenha no plano terrestre, saibam que foi culpa d’O Rei de Amarelo, com sua peça demoníaca de dois atos e contos cativantes.
Sinopse: ‘O Rei de Amarelo’ é uma coletânea de contos de terror fantástico publicada originalmente em 1895 e considerada um marco do gênero. Influenciou diversas gerações de escritores, de H. P. Lovecraft a Neil Gaiman, Stephen King e, mais recentemente, o escritor, produtor e roteirista Nic Pizzolatto, criador da série investigativa True Detective cujo mistério central faz referência ao obscuro Rei de Amarelo. O título da coletânea faz alusão a um livro dentro do livro – mais precisamente, a uma peça teatral fictícia – e a seu personagem central, uma figura sobrenatural cuja existência extrapola as páginas. A peça ‘O Rei de Amarelo’ é mencionada em quatro dos contos, mas pouco se conhece de seu conteúdo. É certo apenas que o texto, em dois atos, leva o leitor à loucura, condenando sua alma à perdição. Um risco a que alguns aceitam se submeter, dado o caráter único da obra, um misto irresistível de beleza e decadência. Esta edição reúne, além dos contos do Rei, seis outros que alternam entre o sobrenatural e a realidade, em épocas e geografias diferentes. A introdução e as notas do jornalista e escritor Carlos Orsi, ajudarão novos leitores a mergulhar na bem construída mitologia do autor. (Sinopse do Skoob)
O Rei de Amarelo foi uma das últimas compras impulsivas do ano hahaha Mas não tinha pego pra ler por conta da enorme lista de espera que se tornou minha estante. Bem, talvez exista alguma espécie de veracidade nesses contos, porque quando fui selecionar minha próxima leitura… O Rei de Amarelo me chamou.
Talvez seja minha última resenha antes que, num dia qualquer desses, um homem me pare na esquina, me pergunte sobre o Emblema Amarelo e, quando eu não puder responder, me leve para os confins ocres do Rei.
Se eu sumir, vocês já sabem.
Voltando pra história, é uma coletânea muito densa. Minha nossa. A linguagem é difícil e acho que precisaria ler umas boas três vezes antes de absorver todas as referências, as conexões entre as personagens, onde cada peça do quebra-cabeça amarelo se encaixa… muita coisa é falada, muitos mundos descritos, muita teoria bolada. Coisa demais para apenas uma leitura. haha
A edição também foi uma dificuldade, por mais essa capa maravilhosa da Intrínseca tenha ficado incrível, o miolo com as páginas pretas abrindo os contos também, a fonte é pequeniníssima. Acaba contigo ler mini letras complexas, do mesmo tamanho das notas de rodapé (Que, aliás, ficaram confusas ficando ao final de cada conto, e não num mexidão master no final do livro, li várias notas de rodapé erradas até perceber qual era o esquema…)…
Mesmo com esses pormenores dificultosos (talvez queiram que menos pessoas leiam O Rei de Amarelo e se desgracem com a maldição intrínseca haha) os contos são realmente incríveis. Dão aqueles calafrios de gelar o sangue, que nem Lovecraft me fez sentir em O Caso de Charles Dexter Ward, da mesma forma que ele, não se tem detalhes da criatura, da peça, do que ocorre. É tudo uma incógnita, e estou órfã de tudo isso hahahah Porque simplesmente não tem como perguntar para o autor sobre o que ele realmente quis dizer com seus mundos distópicos, sua peça macabra e suas conexões temporais entre as personagens.
Aliás, que mundos maravilhosos. A transição que existe no livro entre os contos fantásticos e realistas… <3
Quando eu fui selecionar meus contos favoritos, travei, porque olhava pra um e falava “NOSSA, MUITO BOM, VAI PRA LISTA”, aí ia pro seguinte: “MAS ESSA CONSTRUÇÃO DE ENREDO FICOU INCRÍVEL”, e pro seguinte “AHHHH, E ESSE MUNDO DISTÓPICO FANTÁSTICO, MEO DEOS” (Tudo em caps lock mesmo, pois estava gritando na minha mente.), e não conseguia selecionar tudo direitinho.
Mas, estão aí meus favoritos: A Máscara; A Rua dos Quatro Ventos e A rua de Nossa Senhora dos Campos (Com uma participação especial dos A Demoiselle D’Ys e O Emblema Amarelo)… mesmo tentando escolher um acabei escolhendo 3 e colocando 2 como participação especial. Sou uma negação.
Enquanto eu escrevia essa resenha pensei várias vezes em recomeçar a leitura. Só pra verem o nível da pessoa. HAHA
Isso porque, como disse, não foi uma das leituras mais tranquilas por conta da diagramação…
Não tenho nem o que mais falar dos contos, a não ser que quero ler tudo do universo expandido construído por outros autores e tentar achar a peça.
Quando morrer pretendo bater um papo sério com Chambers sobre minhas dúvidas referentes ao mundo Amarelo dele.
O Rei de Amarelo
Autores: Robert W. Chambers
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
(e um coração enorme.)
Ps.: acho um sarro e um absurdo que ele tenha parado de escrever esses contos para escrever romances Harlequin. HAHA Mas honestamente quis ir atrás e ler um deles…
Wow! Estava esperando uma resenha como essa há mais de um ano e amei sua resenha sobre esse livro, os poucos que vi falando sobre ele não gostaram muito do livro e me perguntava se alguém assim como eu ficou, eletrizada, empolgada e “hfdjhsjksdhjk” (porque não sei ao certo que palavras usar para descrever minha relação com esse livro).
Ele entrou com tudo nos favoritos e a cada página virada uma emoção diferente. O único problema mesmo foi a diagramação :c
Mas…5 estrelinhas pra ele sim!! Bjo xará e também tenho um jovem Link como o seu x33
Opaaaa, que bom ler isso, xará! haha :DDD
Nossa, foi uma leitura empolgantíssimaaa :O Também não consegui ter muitas palavras, tanto que a resenha acabou rápido hahaha
E opa! Precisamos promover um encontro de Jovens Links!
Uau!!! Qdo a gente acha tudo incrível fica difícil indicar poucos! Animei em conhecer…
Bju
#blogsdovp
Que bom que gostou, Helen 😀
Bjbj!