E sobrevivemos ao nosso primeiro FIQ BH! O Festival Internacional de Quadrinhos foi simplesmente espetacular e aqui vamos ressaltar algumas coisas que tornaram ele especial demais (lançamento do Desenredos incluso haha)
E lá fomos nós pra uma viagem de 5 dias (obrigada, André, Felipe, Dani, Alice e Rita por me ajudarem e receberem tão bem, sem vocês estaria perdida, literalmente, porque me perco fácil nos lugares) para Belo Horizonte. Eu não conhecia a capital e estava meio tensa e desesperada, mas acabou que adorei a cidade, as pessoas, o sotaque (voltei com o meu meio torto, acontece), a comida e a existência de uma coisa chamada táxi lotação (é incrível e uma sacada muito boa, obg, cidades que tem) e o
FIQ.
Bem, esse foi o 10º Festival Internacional de Quadrinhos, mas foi meu primeiro. Fiquei acompanhando o Pedro Vó e o Daniel Batista (Beabá) na lindona mesa 36 durante o feriado (eu acabei chegando na quinta de manhã, e fiquei na feira até o fim, no domingo).
O ambiente do FIQ foi uma coisa completamente diferente de tudo que já havia vivenciado em feiras de livro, festivais, ou qualquer coisa do tipo. Era todo mundo sentadinho ali pronto pra trocar ideia, se conhecer, discutir trabalhos, consegui conhecer um pessoal incrível e só fiquei triste de não poder ter rodado tanto na feira pra conhecer mais. Foram mais de 500 artistas, muitos independentes, dentro de uma serraria. Foi o ambiente de feira/festival mais receptivo que já vivenciei e isso foi especial demais pra mim.
A programação foi excelente demais (queria ter assistido mais palestras, porém essa é a vida quando estamos com uma mesa), com uma preocupação fantástica de ter equilíbrio entre mulheres e homens em cada uma, e conseguimos conferir um bate papo com a homenageada da edição, Érica Awano (lindeza demais), e o bate papo com o Dave McKean (lindeza demais²).
O papo com a Érica foi lindeza pra saber mais da jornada dela, como foi a experiência do Holy Avenger, os motivos pra se tornar quadrinista. E o papo com o McKean perpassou os trabalhos (incríveis) dele, achei lindeza demais que não conhecia os trampos na área de música, teatro e cinema e estou providenciando pra conhecer mais haha Ele é de uma simpatia tremenda e conseguiu contornar perguntas dúbias, vazias ou meio… desagradáveis. Aliás, consegui um autógrafo em meu Violent Cases! (Obrigada, Vagner, pela companhia e papo em todas as longas filas do McKean e pelas fotos!)
Aliás, um dos destaques mais lindos vai pra essa sensação de proximidade que o FIQ proporciona, às vezes a gente conhece o trabalho de alguém, admira essa pessoa, mas tem essa distância do virtual (e uma proximidade que também só o virtual proporciona haha), e de repente você está ali, a uma mesa de distância, podendo conversar, bater papo, ver a pessoa ali na sua frente, descobrir se ela é alta, baixa, o tom da voz (geralmente a pessoa é mais alta que eu, sempre chuto pra cima na minha experiência pessoal de alguém com menos de 1,60). A questão de ter pessoas fantásticas acessíveis ali do seu lado foi bom demais e dava uma sensação de “pera, a pessoa tá ali mesmo? É isso ou meus olhos me enganam???”.
Eu estava por lá pra lançar Desenredos, minha primeira aventurosa aventura pelo mundo dos quadrinhos graças ao Pedro, então posso dizer que minha experiência com quadrinhos se resumia ao que eu leio e fui conhecendo pelo catarse. Assim sendo, acabei conhecendo e encontrando pessoas incríveis dessa área, como o Carlos do Papo Zine e a Valéria, a Jéssica Groke, a Débora Kamogawa, a Coralina, o Samuel, a Thaís e mais tantas pessoas que foram lá na nossa mesa pra conversar e botar fé em Desenredos (porque muita gente já foi lá conhecendo, e isso deixou o coração quentíssimo, por isso, nosso obrigada ao Papo Zine, Gibi Foda e 2quadrinhos). Ah, também pudemos conversar pessoalmente com o Luciano Salles, que já apareceu aqui com o Eudaimonia!
Um outro encontrão lindeza foi ver pessoalmente o jovem Airechu, rever o Julio, então foi um rolê Multiversiano de sucesso. <3
Nossa caminhoneira quase esteve de greve na situação toda aliás, foi uma jornada maluquíssima que no final das contas só deixou a gente sem o marca-página (dos males o menor, claro haha). Alguns dizem que organizamos a greve só pra fazer a promoção de Desenredos, mas te dizemos com sinceridade que foi, quero dizer, que não foi. Tudo uma visão acidental das pessoas aqui. HAHA (juro)
Além de tudo isso também rolou um papo extra só de minas, para falar sobre o local e papel das mulheres no quadrinho br. Que foi simplesmente incrível. Só sentadinha ali já acabei vendo o tanto de mina incrível que tem por aí e que não conhecia, os grupos, a organização, os perrengues de uma área que gostei tanto que fiquei com vontade de me aprofundar (e fazer uns cursos, me aguardem, senhoras).
A gente estava um pouco preocupada de ir pra BH no meio da loucura toda (ou no pós-loucura), pensamos que não ia ter muita gente, mas olha, teve. Teve gente pacas. Gente pra todo lado. E fica nosso obrigada a todo mundo que passou na mesa, veio bater papo, conheceu a nossa caminhoneira e os folclores do Daniel e que também nos permitiu conhecer seus trabalhos e tanta gente incrível que está do nosso lado.
Até o próximo FIQ em 2020! <3 (porque agora que fomos picados por ele, não vamos largar mais hihi)
Ps.: E aguardem que obviamente vai ter bastante resenha das HQs que pegamos por lá!
Esse evento foi top demais! Muito bom poder retirar desenredos com duplo autografo, tirar fotas e tudo mais, adorei! =D