Esqueça tudo o você já ouviu sobre vampiros. Os mortos-vivos ganharam o direito de existir legalmente. Mas a liberdade de ficar fora do caixão teve seu preço: o fim da existência sedutora e das caçadas sob o luar. Em tempos de sangue sintético é preciso esforço para se adaptar. O vampiro Bill Compton está disposto a tudo para se estabelecer em sua cidade natal – até mesmo desafiar a hierarquia dos clãs vampirescos. Mas ele não contava com uma série de assassinatos inexplicáveis, com a desconfiança dos moradores locais e com seu envolvimento com uma bela – e teimosa – garçonete telepata.

 

Livro que deu origem à serie True Blood da HBO.

 

Morto Até o Anoitecer é quase uma transcrição da série para o papel. Quase. E mantém o mesmo clima sedutor e com um toque de humor.

Certo. Estava com muita vontade de ler esse livro faz bastante tempo mas tinha esquecido. Conheci a série primeiro, True Blood, da HBO, embora tenha parado na terceira temporada por falta de tempo.

E ela é a prova de que crepúsculo além de ruim é um plágio… HAHA (gente, essa é a opinião de apenas uma pessoa, ok? Li todos os livros da saga, e minha opinião se baseia nisso e nos filmes que consegui assistir. Respeito quem gosta, que fique bem claro, lembrem-se que este é um blog que trata temas com seriedade, mas com um toque de humor.)

Vamos à minha humilde teoria:
Pois o primeiro livro é de 2001. E Crepúsculo é de 2005. Façam as contas.
E agora ouçam a sinopse e vejam se lembra algo: Garota telepata consegue ler pensamentos de todos e não consegue se relacionar muito bem com ninguém. Aí ela conhece um vampiro e descobre que não consegue ler os pensamentos dele, o que é bem reconfortante e cai de amores por ele.
Lembra algo?
Troque os sexos dos personagens, coloque-os no colegial, tire a personalidade de todos e pimba. Saga Crepúsculo. (ai que maldade de minha parte.)

A história é bem mais coerente e traz uma realidade de como seria se os vampiros “saíssem do caixão” (linda analogia que me fez rir muito…) e como a sociedade lidaria com esse fato. Como a questão de heranças daria um trabalhão e qual seria o tipo de relacionamento que ocorreria entre essas duas… bem. Espécies.

Sookie é o tipo de protagonista inocente do interio”R” dos EUA, às vezes consegue ser meio irritante por seus choros extremos e crises do nada. E o Bill (ótimo nome pra um vampiro) é o clichê vampiro apegado com as tradições antigas, mas não quer dizer que seja um vampiro “oh, como eu sofro, sou um pobre coitado, vou viver só de sangue sintético agora… bla bla bla…” ele lida muito bem com a questão de ser outra coisa e não quer ser um humano como alguns outros vampiros por aí. Ele entende o que é e faz questão de frisar que seus valores são diferenciados. E sangue é sangue.

O lado legal de Morto até o Anoitecer é que é uma versão adulta dos livros de vampiro(não incluo aqui os da Anne Rice)… todas as atitudes são mais coerentes ainda mais considerando que a galera ali é velha pra caramba. O modo de se tornar um vampiro também é lógico, e as questões da sociedade se adaptando são muito bem colocadas:
O tráfico de sangue de vampiro, que se torna uma nova droga no mercado, já que melhora um monte de características dos humanos, incluindo os sentidos. Uma sociedade onde tem tietes e “vampirófilos”. O retrato é bem mais lógico e fiel, o preconceito que surgiria, a desculpa de que na verdade eles sofrem por culpa de um “vírus” e não estão mortos de verdade, talvez um eufemismo para facilitar a aceitação na sociedade (e que traz um significado completamente estranho á palavra necrofilia.) Grande parte das analogias do livro se assemelham à questão da aceitação dos gays na sociedade.

Uma das diferenças para quem assistiu a série, é que tem alguns personagens com menos destaque, como o Lafayette (que na série é uma super adição, as cenas com ele são maravilhosas haha) e a Tara, que só existe na série, e é um personagem que me irrita profundamente, e da qual não senti falta no livro.

De resto é completamente idêntico ao livro. Cenas são super similares (isso não se pode negar das séries da HBO, sempre são fiéis nos livros aos quais se embasam. Da mesma forma que acontece com Game of Thrones, embora já tenham algumas divergências entre o livro e a série, mas tudo para adicionar.)
E como toda série da HBO, não é legal assistir True Blood com o volume alto, na sala da sua casa, com sua vó super inocente do lado. JAMAIS. O livro também tem essas cenas, mas como é livro, é mais seguro de ler. E é tudo de um ponto de vista mais feminino e romântico. A HBO geralmente força um pouco a amizade por fazer sua própria censura, já dá pra sacar logo na abertura da série.

Não posso falar sobre os outros livros para saber sua coerência com a série, mas conforme for conseguindo lê-los farei a resenha e as devidas comparações!

Vale a pena ler o livro, ele é super leve e apesar de ser um livro com espaçamento 1,5 que te faz pensar que o livro é maior do que realmente é, tem bastante acontecimentos. Não é a melhor escrita que verá em toda sua experiência literária, mas que será uma das mais agradáveis e que te fará ler até a última página isso é fato.

Morto Até o Anoitecer (2001; Versão da Ediouro em 2007)
Editora: Ediouro
Autores: Charlaine Harris
Páginas: 314

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Ps.: Eu sei que a resenha ficou grande novamente… é que me empolgo um bocado ao escrevê-las…hehe