Nesse Diários um causo de um Natal há muito passado, quando eu tinha a altura literal de um Hobbit.
Hoje vemos um monte de crianças, felizmente, pedindo seus lindos livrinhos da galinha pintadinha, como treinar o seu dragão, de contos clássicos de fada, da Eva Ibbotson, J. K. Rowling, da turma da mônica, e outros desses que tanto incentivam a imaginação dessas pequenas pessoas de Natal.
E geralmente temos nos shoppings aquelas seções onde fica um cara com uma barba verdadeira, ou não, sentadinho esperando as crianças virem e contarem o que querem nesse Natal. Quando criança eu achava incrível isso, e ainda ganhava um pirulito no final. Então era win win win. HAHA
E houve um Natal, em um shopping, que marcou minha linda infância e indignou minha linda esperança de um Natal cheio alegria. #drama
Foi lá em meados de 1999. Quando esta pessoa agora bem mais alta proporcionalmente, tinha seus 7 anos.
Fui em um shopping que agora não é relevante por isso meu cérebro deve ter deletado essa informação, haha, e caminhei alegremente até o colo do Papai Noel em questão.
Na época não creio que tirava-se foto com ele, apenas falava-se o que se queria ganhar e ganhava um pirulito pela boa vontade.
E, depois de alguma enrolação, veio a pergunta clássica daquele que eu julgava ser um bom velhinho. Ledo engano, caros leitores, ledo engano.
A seguinte transcrição sofre de alguma liberdade literária, e não necessariamente segue a realidade.
– Olá, garotinha! O que quer ganhar de Natal?
A garotinha aqui, com um enorme sorriso no rosto, disse que queria ganhar um livro. E ainda disse qual livro. Seus olhos provavelmente se iluminando, eu não poderia ver, porque os olhos eram meus.
Pedi o livro da foto do post, O Manual Prático de Bruxaria, em 11 lições. Que lia toda a semana em minha escola na época. A vontade de ganhar o livro era imensa, então julguei provavelmente que o Papai Noel me responderia um lindo sim prontamente.
Acompanhem como com algumas palavras toda a fé no Papai Noel foi perdida violentamente e uma marca de trauma surgiu na memória dessa pequena pessoa.
Segue a transcrição literal do que foi-me dito naquele fatídico dia:
– Ué. Mas livro não é presente. Tem que escolher outra coisa.
Livro não é presente. Livro.
Foi com essas palavras que uma menina de 7 anos começou a discutir que queria o livro de Natal. E o Sr. Noel respondia que não era presente, e fim, ela precisava escolher outra coisa que queria. E ela começou a argumentar inutilmente com o Sr. Noel nem tão bom velhinho. E essa menina saiu pisando duro com seu pirulito e inconformada.
E foi assim que minha fé no Papai Noel se desfez.
E espero que ele tenha ganho meias feias de Natal. #drama²
Mas esse causo, embora tenha servido para deletar a esperança no “bom” velhinho, teve um final feliz, e naquele Natal ganhei o livro que tanto queria, e tanto o li que hoje ele está um pouquinho surrado. Mas um surrado que significa extremamente lido!
Por isso, encerro esse Diários especial de Natal, desejando um lindo Natal pra todos os leitores, e que os Papais Noéis leiam esse post e mudem seus conceitos sobre presentes de Natal! HAHA
E agradecer os meus pais que acreditaram que livro era presente sim. E incentivaram essa pessoa que ainda tem a altura de um Hobbit a ler tanto que criou vontade de escrever suas próprias histórias depois!
Um Feliz Natal a todos e semana que vem faço a resenha pra comemorar a memória de Natal que ainda fica em minha massa encefálica!!!
ENJOY!
Ps.: Sim. Ganhei um livro sobre o Halloween de Natal. #F*thepolice HAHAHHAHA
Que absurdo, Camila!
Embora eu tenha adorado a forma com a qual você nos relatou esse causo, não me conformo que um Papai Noel possa ter dito algo assim. Sério… Proporcionar o hábito da leitura aos pimpolhos logo quando crianças é uma coisa tão preciosa, daí vem esse cara mal humorado e diz uma coisa dessas… Cre-do.
Bom saber, no entanto, que você conseguiu ganhar o livro ao final.
Feliz Natal!
Beijoo!
Foi um absurdo mesmo!!!
Mas é… espero que agora não seja mais tão comum algo assim, com a mente das pessoas um pouco mais aberta à leitura, mas entristece bastante que algumas crianças tiveram de ouvir isso. No meu caso me irritou profundamente. rsrs
É um dos meus livros preferidos até hoje!!!
Beijos!
E Feliz Natal!!!
Papai noel sem cultura… sem vergonha. Imagino teu bicão indo embora se sentindo obrigada a comprar uma barbie só porque o papai noel não sabe ler 😛
HAHA Meu bico deve ter alcançado o final da fila pra ir embora… sem dúvidas.
Beijos!
É minha linda, parabéns por você continuar a gostar de ler e por mim e seu pai com certeza mais estantes estarão a caminho!
Beijos minha escritora preferida!
:DD
Beijos!