Em Drácula, o autor baseou-se no fabulário húngaro do século XVIII para criar a história do conde da Transilvânia, que se tornou o clássico representante do mito do vampiro. Nesse livro, o leitor deve se preparar para penetrar num universo gótico e envolto de terror.
Sinopse da contracapa do livro.
Me surpreendi ao perceber que em Drácula você consegue se apegar de tal forma com os personagens que acaba sofrendo com eles.
Bem, em Drácula achei imensamente divertido me lembrar e perceber o quão próximo do livro é o filme do Coppola de 1992 (eta ano bunito. haha)
Embora o Drácula do Gary Oldman seja imensamente melhor (em quesitos de interesse físico ) que o Vlad Tepes descrito no livro, rsrs.
Não vou discorrer muito sobre a história, já que, da mesma forma que com Frankenstein, todos já estão carecas de saber o que acontece e todos os dramas inclusos.
Algo que me deixou muito feliz foi o apreço que o Bram Stoker aparentemente tinha por mulheres que conseguiam ser femininas e hiper inteligentes, como a Mina (cujo nome inteiro não é lá tão bonito, rsrs). Embora tenha aquele afamado trecho em que ele diz:
”- Ah, aquela maravilhosa Sra. Mina! Tem o coração de mulher, porém o cérebro de um homem muito inteligente!”
Até acabei postando isso no tumblr, eu sei que, poxa vida, o livro é antigo, a mentalidade era diferente, e que ele ter colocado uma mulher inteligente já era coisa pacas, mas a parte do cérebro de um homem doeu um pouco em minha mente contemporânea.
Mesmo assim, Sr. Stoker tem um lindo lugar reservado no meu coração por ter elaborado uma personagem tão carismática que conseguiu ser mais inteligente que Van Helsing em algumas partes.
Tem muitos trechos hiper religiosos no livro, tanto que por isso mesmo, ao matar um vampiro, ele fica com uma expressão pacífica e serena, que significa que sua alma pode voltar a Deus. Em alguns momentos, os diálogos se tornam meio maçantes e repetitivos, então vem aquela tentação absurda de querer pular uma fala aqui, outra ali, e sem medo de perder algum conteúdo.
Ao fim do livro, já se está um pouco cansado da narrativa do autor, o começo chega a ser mais emocionante, como a fase da Lucy (que em comparação com o filme é o extremo oposto, ela é tudo menos a safadjenha retratada no filme), e um pouco mais trágica em relação à mãe dela.
O legal do livro é que você consegue ficar muito mais próximo dos outros amados de Lucy, o Dr. Seward, do hospício, o Quincey, americano e o Arthur, que era quem iria casar com Lucy. Eles permanecem no livro até praticamente a última página. E o pirado Renfield tem sua aparição bem estendida no livro, rsrs. (embora o retratado no filme tenha sido genial também.)
Uma das coisas que achei imensamente diferente também foi a abertura que se dá no livro aos sentimentos das personagens, todos choram juntos, ficam felizes juntos, e tudo abertamente. O que me foi uma surpresa, achei que ele seria muito mais discreto em relação à isso, chega a ser bonito.
Uma diferença do filme é que o Drácula é mais humanizado no filme, ele tem sentimentos, se apaixona pela Mina, e seu fim é completamente diferente do que no livro. No livro ele é apenas um ser possuído, do mal, cruel e sem escrúpulos, e só quis transformar a Mina pra infernizar seus “inimigos”, embora no fundo para arranjar outra companhia também.
Mesmo com algumas partes maçantes, o livro é encantador, os personagens conseguem passar a sensações ao leitor, o que ajuda, considerando que o livro é uma compilação de todos os trechos dos diários e notícias referentes aos acontecimentos. E vale a pena ler. (e o filme também, uma ótima opção pra esse fim de janeiro que consegue ficar frio e quente no mesmo dia… )
Drácula O Vampiro da Noite
Editora: Martin Claret
Autores: Bram Stoker
Páginas: 313 (lembrando que no caso, essas páginas se referem à parte do livro apenas com essa história em específico
Certo, e finalmente terminamos as resenhas desse livro! Quem quiser conferir as outras duas: Frankenstein e O Médico e o Monstro
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Enjoy!
Que legal esse livro, só não sei se o leria, não sou muito fã de livros de terror…haha
~Glaucia – @leitorait
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