No universo de The Walking Dead não existe vilão maior do que o Governador, o déspota que comanda a cidade de Woodbury. Eleito pela revista americana Wizard como “Vilão do ano”, ele é o personagem mais controvertido em um mundo dominado por mortos-vivos. Neste romance os fãs irão descobrir como ele se tornou esse homem e qual a origem de suas atitudes extremas. Para isso, é preciso conhecer a história de Phillip Blake, sua filha Penny e seu irmão Brian que, com outros dois amigos, irão cruzar cidades desoladas pelo apocalipse zumbi em busca da salvação. Originalmente, The Walking Dead é uma série de quadrinhos publicada desde 2003 e vencedora do Eisner Award. Em 2010, os quadrinhos foram adaptados para o seriado homônimo The Walking Dead já bateu diversos recordes de audiência nos Estados Unidos e foi finalista em várias categorias no 68º Golden Globe Awards, incluindo Melhor Série Dramática de TV.

Com zumbis, decomposição e uma descoberta no final, em The Walking Dead A Ascensão do Governador, fui surpreendida quando esperava o óbvio.

Antes de começar a resenha, preciso falar uma coisa.

Que final.

Quando comecei a ler o livro, já tinha lido a saga de Philip Blake nas HQs (muito boa, a quem interessar haha), uma das mais violentas até então, não só pelo teor em si, mas porque é imensamente pesada. Ao começar ao livro e conhecer Philip, Nick, Brian e a fofa da Penny, você já começa com aquele sentimento de “eu sei como tudo termina, só estou vendo como tudo aconteceu até chegar naquele ponto.” E o autor soube usar essa sensação de saber o que acontece e “talvez ser previsível” completamente ao seu favor, você não espera uma reviravolta, já que o final já está escrito, e recebe isso no último capítulo.

Talvez para quem não leu a HQ fosse algo mais previsível, mas para quem leu, você fica preso naquela máxima, então seu cérebro não fica pensando em soluções passíveis de mudança.

O livro em si é otimamente escrito, a narrativa flui muito facilmente e não cansa em momento algum, tem aquele clima desbocado de “Não me importa, estou cercado de zumbis para ter tempo de me preocupar com firulas literárias.” E isso cai muito bem. Além dos personagens serem muito bem estruturados, você consegue sentir a loucura latente em Philip, a luta interna do medo de Brian, embora em Penny e Nick não haja tal profundidade.

Me surpreendi com o livro,  e a escrita do Jay Bonansinga  é uma delícia de ler.

Mais para o final acontecem aquelas referências à personagens que você vai ver no futuro de Philip Blake, como o Dr. Stevens, Martinez (que nas HQs virou Rodriguez e depois virou Martinez de novo devido à um erro… rsrs) em que apenas quem leu os HQs vai conseguir pegar as nuances, principalmente de um certo condomínio com uma placa “estão todos mortos, não entre”. Mas não é obrigatório lê-los para entender o livro, e talvez até seja um pouco mais libertador na hora de considerar as hipóteses para o final.

Vale muito a pena ler se você gosta de zumbis, da série, ou não liga pra descrições de corpos em decomposição. Não só o dos mortos, afinal, a expressão os Mortos-Vivos (the walking dead) não se refere exatamente aos zumbis, não é mesmo?

The Walking Dead A Ascensão do Governador
Editora: Galera Record
Autores: Jay Bonansinga e Robert Kirkman
Páginas: 361

Link do Skoob

Alguém aí já leu algum dos dois? Ou acham que é zumbi demais? hehe

Bem, as HQs ainda não terminaram, e eu atualmente me encontro relendo pra relembrar o que aconteceu e já estou na edição 37, embora ele já esteja na 108ª, então vou correr para acompanhar. rsrs Vale a pena ler, pois faz umas reflexões pesadas sobre a condição humana, que sempre se revela nessas situações extremas, aquele lado humano que não gostamos de admitir que existe.

As HQs  já estão sendo publicadas aqui no Brasil, pela HQM, mensalmente, ok?

Enjoy!