Soylent Green – Mulheres 'Móveis' – Diários

por | jan 9, 2014 | Diários de Uma Escritora, Sem categoria

soylent green

E no meio dessas discussões internas que a gente tem, me veio à mente um assunto tratado em Soylent Green sobre as mulheres ‘móveis’…

Soylent Green, ou No mundo de 2020, é um daqueles filmes distópicos que te deixam todo reflexivo, uma penca desses surgiram no século passado, até a década de 80, e esse filme de 1973 é baseado em um livro chamado “Make Room! Make Room!” de Harry Harrison. Basicamente a sinopse de Soylent Green é essa:

Numa Terra futurista e com excesso populacional, um detetive de polícia de Nova York se encontra marcado por assassinato por agentes do governo, quando se aproxima demais de um esquema secreto governamental que envolve as origens de um alimento revolucionário e necessário.

Soylent Green é uma barrinha alimentar verde que dizem que é produzida à base de algas, com o excesso populacional e o desgaste total dos recursos da Terra, não se tem mais alimentos, apenas os ricos comem frutas, legumes e carnes, não se tem mais estações do ano, apenas o verão escaldante e o governo surge com as barras alimentares para a população não morrer de fome. Antes da verde, haviam umas outras mais fracas, a soylent green é a promessa de uma barra que possa alimentar muito mais eficientemente.

O filme não tem muito a ver com o livro,( eu ainda não o li) e de acordo com o autor não tem nada a ver esse tema das mulheres ‘móveis’ (ou ‘furniture’ em inglês, o móvel aqui no sentido de peça de mobília mesmo) no livro, maaas. Foi um tema que ficou na minha cabeça.

O detetive principal vai até a casa do cara assassinado investigar. E encontra a moça que mora lá, retratada pela Leigh Taylor-Young. Um aspecto interessante. Ela não vai embora da casa porque é parte da casa, ela já vem com ela. É parte da mobília. Tanto que apesar de ter um nome ela é uma furniture, um móvel da casa como qualquer outro.

O ápice que se pode chegar da mulher objeto. Ela se tornar tão objeto, mas tão objeto que não tem mais lugar na sociedade como pessoa comum, ela serve para decorar a casa  e entreter os visitantes e residentes. Isso em um filme de 1973… em que ponto estamos que só falta chamar a mulher de furniture mesmo? Em pouco tempo talvez ao se comprar a casa já se venha com uma mulher decorando. Seria uma visão interessante.

Nem vou divagar muito sobre o assunto, só queria trazer essa visão de mulher ‘móvel’ para adicionar à discussão. Mesmo tendo aquelas limitações sejam de roteiro (na adaptação) ou de efeitos mesmo, Soylent Green é um filme excelente e que recomendo imensamente assistir.

Se alguém quiser adicionar um ponto de vista nos comentários seria lindo e muito proveitoso <3

 

Até mais, pessoas e fiquem com o barulho na mente, rsrs 🙂

 

2 Comentários

  1. Babi Lorentz

    Esse foi mesmo o ápice da mulher objeto, rs. Usar o termo furniture para se falar sobre ela. Enfim, isso faz pensar mesmo em algumas coisas. Na sociedade, no momento…
    Tomara que um dia a visão que alguns homens e algumas mulheres têm da mulher, mude. Mas que mude pra melhor.
    Beijos.

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    • Camila

      Exato!
      E mesmo que não fosse a intenção original do autor de colocar isso, achei super relevante da equipe do filme 🙂
      Há que se ter esperança sempre, né… rsrs

      Beijos!

      Responder

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