E, nesse conto inovador, inovante e novo, vamos conhecer a emocionante lenda de Pitaya: A Rainha dos Dragões Planta! *música de suspense*
Antes de começar o conto, uma explicação, Pitaya é uma fruta também conhecida como fruta-dragão, que parece uma mistura de kiwi sem gosto com um toque de graviola. (postei no Instagram as fotinhas dela), mesmo assim, eu desenhei a pitaya para vossa melhor compreensão:
Além disso, a inspiração pro conto veio do Don Nobru(a brisa veio dele) e do Doug Cavendish (o título veio dele), que ficaram brisando nos comentários da foto, gracias, pessoas. HAHA
MAS! Nesse caso, há uma diferença. A Pitaya citada aqui é outra. É a Rainha dos Dragões Planta. Mais um desenho abaixo (ela está junto da Menina Berinjela, para noções de tamanho e proporção.Mentira. É porque a Pitaya Rainha amou de paixão a roupa dela…)
Vamos ao conto…
Pitaya – A Rainha dos Dragões Planta
Dizem que há muito tempo, na época em que haviam somente vulcões e enormes planícies, dragões reinavam no meio do fogo e fumaça, justamente por só ter isso para reinar. Haviam dragões de inúmeros tipos, de fogo, os de gelo, que começaram a aparecer conforme a temperatura começou a baixar nos pólos, de terra e de água. Tudo uma questão de adaptações e seleção natural, ainda não é sabido quem foi o dragão primordial, talvez não houvesse nenhum… mas isso é história para outro conto.
A rotina deles não variava muito. Reinar. Tentar pegar o reino do outro. Desistir e formar uma sociedade mais pacífica. Mas. Mudanças estavam a caminho… provavelmente todos já ouviram a frase “não se pode comer a semente da melancia senão uma melancia vai crescer na sua barriga”, e provavelmente viveu o suficiente para arriscar ter comido uma semente de melancia e ver que isso não tem fundamento. Em humanos. Essa frase teve início na época dos dragões, por um motivo muito simples. As melancias que existiam na época deles eram diferentes, tinham características de sobrevivência extremas. Se um dragão comesse uma melancia com as sementes… bem, as consequências seriam imprevisíveis.
Era época de acasalamento, e um casal de dragões da terra estava pensando em ter filhotes, ainda mais com o incentivo do dragão líder na época… até aí, sem problemas. O problema estava em que a senhora dragão da terra havia comido uma salada de frutas antes. E engolido uma semente de melancia, que estava meio escondida, então não conseguiu vê-la para tirá-la. Mal sabiam os incautos pais dragões da terra que uma espécie completamente nova estava por surgir…
A gestação da mãe dragão foi comum, embora talvez com um excesso de desejos por vegetais, mas sem muitas diferenças. Chegada a hora do novo bebê dragão da terra nascer ela se retirou para um canto isolado. Para respeitar a privacidade e memória da mãe dragão, não será descrita a situação, então iremos direto para a parte após o parto. Ao olhar para o bebê dragão a mãe dragão já teve um mau pressentimento. Ele não era de nenhum tom de marrom comum à eles, mas de um verde clarinho hiper delicado, e com tons de rosa nos espinhos das costas. Levou a jovem bebê dragão correndo para o pai dragão ver e chamaram uma especialista em dragões para descobrir o que poderia ter acontecido.
Foi um momento difícil para os pais ouvirem que ninguém sabia o que havia de errado com a jovem bebê dragão. Então decidiram deixar levar e ver o que acontecia. A batizaram de Pitaya, que significava “escama” na língua deles, justamente pelas escamas rosadas estranhas com que ela nascera. Ela crescia rápido, com uma agilidade incrível que superava a do resto dos dragões da terra e um tom de verde que a permitia se camuflar nas plantas nas brincadeiras de esconde-esconde. Mesmo assim, não era bem aceita pelo resto dos dragões da terra e decidiu sair do reino.
Ela explorou o mundo todo, conheceu várias espécies diferentes de dragões, mas nenhuma como ela. E conversando com um velho dragão de água, ele a alertou sobre um possível ataque ou sequestro dos dragões de fogo que poderiam querer usá-la para experimentos não muito aceitáveis ou agradáveis. Eles afinal, adoravam mexer com fogo. E que era hora dela aprender a se defender se queria continuar a explorar o mundo.
Ela aprendeu. Com vários mestres de várias espécies. Sempre mudando de local, sempre indo explorar o desconhecido.
Em certo ponto, após milênios de estudos e treinamentos, ela chegou à conclusão que deveria ser de outra espécie. Uma nova. E por isso, não se submeteria a nenhum dos reinos, criaria o seu. Claro que seria solitário no começo, mas fazer o quê.
Enquanto procurava um pedacinho da enorme planície que era o mundo que fosse distante da água, mas não tanto, e onde crescessem umas plantinhas meio estranhas que armazenavam água, que os dragões da terra chamavam de cactos, conheceu um jovem dragão da terra que havia saído do reino para explorar. Fora o primeiro dragão que realmente a olhara como um igual, então Pitaya, que se julgava uma moça dragão muito bem apanhada, começou a se interessar por ele. Também para manter a privacidade da jovem Pitaya, vamos pular seções da história para o momento em que o jovem moço dragão a pediu em casamento. Que foi bem simples, já que não havia mais ninguém no reino dela.
Quando chegou um momento de decidirem ter filhotes, Pitaya teve o receio de que poderia criar outra nova espécie, mas arriscou mesmo assim, por sorte, ou apenas por conta de genes dominantes, todos os filhos de Pitaya e o Jovem senhor dragão nasceram verdinhos. Menos um que nasceu marrom, do mesmo jeito que um dragão da terra comum. Agora o reino da Rainha Pitaya começava de verdade.
Após mais alguns milênios e novos casais formados com diferentes espécies de dragões que foram explorar o mundo e acabaram parando e ficando no reino de Pitaya, várias variedades de dragões foram nascendo… mas, nesse ponto, Pitaya já havia decidido como chamaria sua espécie.
Os Dragões Planta.
Com vários tipos de cores, de estilos, mas ainda sim possuindo as características de Pitaya, seu reino foi sendo povoado, e ampliado. E ela reinou por muito, muito tempo. Até o fim da era dos dragões, que migraram para a Lua e para planetas adjacentes, para variar o ambiente. Os que não migraram, foram se tornando montanhas. Para esperar até que a próxima era dos dragões voltasse. Pitaya, como boa rainha, foi uma das que ficou. Suas sementes e raízes se espalhando por um pedaço da planície ocidental, e gerando um cacto que trazia uma linda fruta, algumas vermelhas, algumas amarelas e algumas brancas, mas todas com o lindo rosa da Rainha Dragão, e as sementes de kiwi que tinha comido antes de virar montanha.
E é por isso, até que hoje que há uma fruta chamada Pitaya, a fruta-dragão, em homenagem à Rainha dos Dragões Planta que reinou por tanto tempo, e serve de lembrete para que se espere a próxima era dos dragões e Pitaya possa voltar.
(esse é um post Daenerys Approves.)
0 comentários