E Orange volta ao Castelo com lágrimas, risos e um shoujo belezíssimo de esquentar o coração e reacender as esperanças em roteiros de qualidade! <3 Vem saber a opinião final sobre os 5 volumes de Orange 😀
Sinopse: Numa manhã que já começou diferente do normal, Naho Takamiya recebe uma carta misteriosa, que conta tudo que vai acontecer durante o dia: o atraso incomum, a tarde de folga da escola, o aluno transferido Kakeru Naruse, e o convite da turma para que todos voltem para casa juntos. O remetente? Ela mesma. Dez anos no futuro. E a “Naho do futuro” só tem um pedido: Salve o Kakeru…! (Sinopse da contracapa do volume 1)
E Orange já apareceu com minha opinião inicial sobre o bendito, já expliquei na resenha de Gangsta, que a partir de agora as resenhas dos mangás vão rolar de forma diferenciada:
1. Dou minhas impressões iniciais;
2. Se necessário alguma resenha intermediária no caso da série ser muito longa ou eu sentir que é interessante mais uma resenha;
3. Uma resenha com a opinião final
Como Orange já acabou, já li tudinho e não senti necessidade de uma resenha intermediária chegamos ao momento mágico do veredito final! *Trombetes tocando*
Extra: Uma versão do anime de Orange já está em produção e estreia nesse segundo semestre, e o cast completo você pode conferir nessa postagem aqui e em dezembro de 2015 saiu o filme live action de Orange!
Sabe quando você lê um mangá e ele enrola loucamente em milhares de volumes que não vão caber na sua estante não importa o que você faça? Isso não aconteceu com Orange. Ele teve 5 volumes. E parou quando deveria parar.
E eu simplesmente adoro quando isso acontece. A Ichigo Takano (novamente, com essa inversão de nomes, nunca sei qual é o primeiro e qual o segundo, vai que inverto a inversão? Prefiro escrever sempre os dois, então vambora) conseguiu construir com maestria toda a história de Orange.
Mesmo com a estrutura clichê de um shoujo escolar, com personagens que poderiam ser clichês também, a história tem um carisma maravilhoso. E o melhor, consegue tratar de forma aberta e até leve questões pesadas como depressão, suicídio e amor.
O retrato da culpa do Kakeru, a amizade e união dos amigos, o desespero para tentar resolver uma situação, as motivações de cada um e a beleza do amor que o Suwa tem pela Naho (aquele amor sem posse, que doa e espera o melhor da pessoa, um amor realmente saudável, né, difícil de ver com esses relacionamentos problemáticos que tanto passam como ~perfeitos~)… Cada detalhe que vai construindo as camadas da história só adicionou no porquê eu gostei tanto de Orange.
Fugindo do clichê, fugindo do “please notice me, senpai”, de enrolações por volumes a rodo para ver os protagonistas pelo menos segurarem na mão do outro, mas mantendo aquele toque de cultura, e uma profundidade linda dos personagens (mesmo os secundários), Orange foi uma lindeza de ler.
Aliás, fiquei com bastante medo de como a autora iria resolver o esquema das cartas, o mangá em si é bem realista, e cartas do futuro não. HAHA Mas foi bem satisfatória a motivação, talvez um pouco corrida e amarrada mais ou menos, mas mesmo assim satisfatória, a conclusão de Naho e os amigos do futuro também me deixou bem tranquila.
O traço da autora é outro espetáculo à parte. Um traço diferente, com bastante personalidade e que dá gosto de ter em mãos todo bonitão. As capas e a progressão das mesmas, o cuidado da autora ao usar locais reais para construir as imagens… Mais um ponto positivo no contexto todo.
E acabou quando deveria acabar. Obviamente não vou contar o final, mas é um final em aberto, como todas as possibilidades e percalços que a vida deixa. Você não tem um final definitivo e fechado. Você tem escolhas, que podem ou não gerar arrependimentos, escolhas que a gente mesmo faz e tem de lidar sem o apoio de cartas do futuro. As cartas de Naho e dos amigos acabam, mas a vida e esse caminho que eles escolheram trilhar continuam. E a gente só pode esperar pelo melhor. 🙂
Orange 2-5
Autores: Ichigo Takano
Editora: JBC Mangás
Páginas: 224 em média
(e um enorme coração)
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