E chega ao Castelo A Última Carta! O primeiro livro do ano da parceria com as editoras Biruta e Gaivota. Um romance epistolar, caótico, cheio de abstrações e que deixa um aperto estranho no peito conforme a gente vai chegando no final…
Sinopse: Luda, apesar de inconformada, parecia já ter seu destino traçado: casaria por conveniência aos interesses familiares, e viveria para sempre em sua cidade natal, cuja população e valores Luda desprezava. Contudo, a chegada de uma carta anônima alteraria completamente o curso de sua vida e, a partir daí, sua história passaria a conter muitas lacunas, segredos e imprecisões. O que seria real, o que seria falso? Através de notícias de jornal, diários, cartas e um tanto de imaginação, o narrador de A Última Carta empreende uma busca pela verdadeira história de Luda. Entre as ruas de uma pequena cidade burguesa parada no tempo e os bulevares de Paris do final da Segunda Guerra Mundial, você acompanhará a investigação de todos os mistérios que permearam a vida de Luda – desde o recebimento da primeira carta, até a chegada da última. (Sinopse da contracapa)
E chegamos ao primeiro livro do ano da parceria com as Editoras Biruta e Gaivota! Entre as várias recomendações, quando li a sinopse de A Última Carta fiquei curiosa, mas ao ler fiquei ainda mais surpresa ao ver que não era nada do que eu esperava.
“Naquele tempo as horas passavam muito vagarosamente e podíamos sonhar.”
A última carta, David Labs, p. 15
Avisam desde a sinopse que é uma investigação, que não se sabe o que é real ou não, mas nada te prepara pra uma profusão de cartas, detalhes, segredos, possibilidades e nervosismo que o livro traz.
“O sangue tingiu a calçada e, certamente, permanecerá nas pedras por dezenas de anos. Para lembrar-nos que talvez tivesse um filho esfomeado escondido num porão enquanto um sujeito patológico brincava de conquistar o mundo.”
A última carta, David Labs, p. 89
Conhecemos Luda por meio de seu diário. A conhecemos também por meio do narrador (jovem? adolescente?), que passa sua visão dos fatos, de suas conversas e que decide reunir todos esses dados sobre a vida de Luda, seus percalços e segredos e a evolução e crescimento de uma adolescente insegura para uma mulher que atravessa continentes.
“Acredito que as leituras exigem responsabilidade. Não se pode decorar algumas páginas e dizer que se conhece um livro. Heréticos.”
A última carta, David Labs, p. 24
“O velho continente é o limite de seus sonhos. Toda a sua vida é fundada nos tecidos europeus, nos romances de costume, nas paisagens irlandesas, que descreve como se lá estivesse anualmente.”
A última carta, David Labs, p. 35
“Tempo se arrastando na forma de sombras, passeios próximos aos limites da morte, medo. Medo e coragem intercalando-se entre o prazer de se estar próximo ao desconhecido e a coragem titubeante de se adiantar e acabar. Ou acordar.”
A última carta, David Labs, p. 58
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